A sociologia no Rio de Janeiro (1930-1970): um debate sobre Estado, democracia e desenvolvimento

Resumen

O artigo mapeia a produção sociológica na cidade do Rio de Janeiro entre 1930-1970, assinalando sua variedade em termos teóricos, metodológicos e empíricos. Para tal, seleciona três sociólogos que fizeram parte da primeira turma do curso de ciências sociais da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, a fim de analisar suas obras e trajetórias: José Arthur Rios, Alberto Guerreiro Ramos e Luiz A. Costa Pinto. A despeito da heterogeneidade constitutiva desta produção, a hipótese aqui levantada é que as condicionantes de ordem institucional e as clivagens políticas do período tiveram ressonâncias, distintas em cada caso, nos esquemas analíticos adotados por estes três autores. Além disso, haveria uma dimensão democratizante nesta sociologia, que, ao conferir maior autonomia aos grupos sociais, seria capaz de deslocar certos pressupostos do debate intelectual anterior sobre a sociedade brasileira.